A vida são ciclos
dentro de ciclos. Quando somos pequenos habituamo-nos a acordar cedo, não
porque a escola nos espera, mas sim porque vamos ter aqueles 20 minutos de
intervalo em que vamos aprender que o sol é quente mesmo no inverno e que os
amigos também nos atiram ao chão. Chegamos a casa e sentamo-nos no sofá com uma
grande caneca de leite com estrelitas e cantamos até à hora de deitar todos os
genéricos dos desenhos animados. Crescemos e sentimos em nós um maior peso da
responsabilidade. Os 20 minutos de intervalo já não nos sabem a nada e entendemos que não é só sol que nos aquece mas sim os
abraços calorosos dos que nos completam. Chegamos a casa e já pouco nos
lembramos dos genéricos alegres porque temos um monte gigante de trabalho à
nossa espera. Estamos habituados a que um “Adeus” seja um “Até já” e que um “Até
amanhã” é sempre verdade. Até que a vida nos baralha e nos mostra que por vezes
um “Até já” é um “Adeus para sempre”. Mas o “Adeus”
nunca é para sempre. O “Adeus para sempre” só existe no mundo dos esquecidos,
no mundo das coisas que não voltam, e ela…oh!! ela…Ela vai sempre voltar a nós.
Vem nas gotas de chuva ou no orvalho da manhã. Vem saudar-nos todos os dias
pela matina no primeira raio de sol. Vai ser o brilho da lua na noite escura e
o fogo quente da lareira nos dias frios. Ela vai visitar-nos nas pequenas
rotinas do dia a dia. Só quando me
esquecer de mim é que não me lembrarei dela. Até já!
4 comentários:
só o peso de sabermos o que é perder alguém nos pode trazer tamanha sensibilidade e forma de ver as coisas tal como as referiste. obrigada pela partilha, fez-me sentir-me melhor :$
como diz a minha mami «o mundo é uma bola» :)
que bonito *
Gostei do post :)
Enviar um comentário